Criado para o projeto Iguatemi Photo Series, que já organizou exposições sobre David LaChapelle, Guy Bourdin e Steven Klein, o MuBE realiza entre os dias 10 de agosto e 2 de setembro, em São Paulo, mostra com 100 obras sobre a carreira de Willy Rizzo. Será uma oportunidade para o público brasileiro de se emocionar com o trabalho do fotógrafo, que é uma das referências das artes visuais do século XX e que continua influente ainda neste novo milênio. A exposição conta com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro e, a partir deste ano, o projeto Iguatemi Photo Series integra o calendário oficial de exposições do MuBE.
Com idealização de Chico Lowndes e curadoria internacional de Danniel Rangel, a mostra contará com 100 fotos 60x70 impressas em papel gelatina de prata e ciber chrome, uma raridade nos dias de hoje. São retratos de estrelas do cinema do mundo inteiro, das artes e da moda, além de fotos de suas viagens ao Brasil, incluindo o Carnaval de 1961 no Rio de Janeiro com sua ex-esposa Elsa Martinelli e o playboy Porfirio Rubirosa.
Willy Rizzo foi o primeiro a substituir modelos por celebridades nas capas de revistas de moda, tais como Jane Fonda e Elsa Martinelli, o que tornou-se comum nas capas da Vogue e outras publicações, nos dias de hoje. Em tempos de paparazzi correndo indiscriminadamente pelas ruas de todo o mundo, o histórico de Rizzo, famoso por seus cliques de Picasso, passando por Jack Nicholson e Orson Welles, chama atenção pela pluralidade e pelo compromisso profissional.
Entre as imagens que serão expostas no MuBE, estão o retrato com expressão surrealista de Salvador Dali, a sensualidade natural de Bridget Bardot, o charme de Jane Fonda, a seriedade cheia de estilo de Pierre Cardin ao lado de Yves Saint Laurent, a simplicidade emocionante de Coco Chanel, entre muitas outras. Após a temporada no Brasil, a mostra segue para Los Angeles, nos Estados Unidos.
O fotógrafo começou sua carreira no histórico Julgamento de Nuremberg, após a Segunda Guerra Mundial e, depois de uma rápida passagem pelos Estados Unidos, voltou à Europa para ajudar a criar a revista Paris Match e ainda fotografar para publicações como Vogue, Playboy, Life e Marie Claire, da qual foi diretor artístico.
Trata-se de uma oportunidade imperdível para entender e emocionar-se com o real poder das imagens. Para Willy Rizzo, “a fotografia começou como um prazer, uma brincadeira infantil feita por adultos – e ainda é assim”. E neste brincar reside sua genialidade.
Atualmente, com 84 anos, este italiano, que também possui uma grande obra como designer de móveis, ainda trabalha clicando grandes nomes das artes e da moda, compartilhando seu olhar diferenciado com o mundo – agora, especialmente, com São Paulo.
A mostra tem direção executiva de Guili Alves de Lima, Gui Afif e Renata Junqueira.
